quinta-feira, 10 de março de 2011

Educação à distância

Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.

A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados.


José Manuel Moran
Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância
jmmoran@usp.br

terça-feira, 8 de março de 2011

Concepções sobre Educação a Distância

Por José Armando Valente


Existem diferentes maneiras de se usar a Internet na educação a distância (EAD): a abordagem conhecida como broadcast, a virtualização da sala de aula tradicional e o "estar junto virtual". O que difere essas abordagens é o grau de interação entre o docente do curso e o aprendiz.
Na abordagem broadcast, a informação é enviada ao aprendiz, via Internet, e não existe nenhuma interação entre ele e o docente. Sem interação, é difícil saber se o aprendiz foi capaz de se apropriar da informação, convertendo-a em conhecimento.

Na virtualização da escola tradicional, prevê-se um mínimo de interação entre o docente e o aprendiz. No entanto, a interação é semelhante ao que acontece em uma sala de presencial, em que o docente solicita um exercício ou uma tarefa que faça uso dos conceitos em estudo. O aprendiz realiza a tarefa e envia a resposta ao docente para que seja avaliada.

O "estar junto virtual" envolve múltiplas interações no sentido de acompanhar e assessorar constantemente o aprendiz para poder entender o que ele faz e, assim, propor desafios que auxiliam o aprendiz a atribuir significado ao que está desenvolvendo. Essas interações criam meios para o aprendiz aplicar, transformar e buscar outras informações e, assim, construir novos conhecimentos. O acompanhamento do aprendiz e a atuação do docente do curso são feitos por meio da Internet e a interação estabelecida usa a rede para realizar um ciclo de atividades de descrição-execução-reflexão-depuração-descrição.

O desenvolvimento do projeto e a presença virtual de um especialista permitem a criação de um ciclo de interações que não só ajuda na realização do projeto em si, mas também na geração de novos conhecimentos. Por meio do projeto, o aprendiz pode agir, produzir resultados que podem servir como objeto de novas reflexões. Por sua vez, essas reflexões podem gerar outras indagações e problemas que devem ser compartilhados com outras pessoas, a fim de encontrar meios de resolvê-los.

Neste caso, o aprendiz pode enviar suas questões ou uma breve descrição do que está ocorrendo para o docente, que refletirá sobre elas e enviará seu comentário por meio de um material de leitura ou de outras questões, que poderão auxiliar o aprendiz a resolver suas dúvidas. O aprendiz recebe os comentários e tenta colocá-los em ação, o que, provavelmente, acabará gerando novas dúvidas, que poderão ser resolvidas com o suporte do docente.

Assim, estabelece-se um ciclo que mantém o aprendiz no processo de realizar atividades que até então não haviam sido pensadas, produzindo conhecimento a respeito de como desenvolver tais ações, mas agora com o suporte de especialistas. Assim, a Internet pode propiciar ao docente e ao aprendiz o "estar junto virtual" a fim de vivenciarem um processo de construção de conhecimento.

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Fonte: http://www44.bb.com.br/

sexta-feira, 4 de março de 2011

DOCÊNCIA VIRTUAL - UM NOVO CONTEXTO PARA DESCOBRIR NOVAS COMPETÊNCIAS

Currículo básico e avançado para a EaD



São várias as possibilidades de incrementar e atualizar a estrutura curricular para a
docência e profissionalização na EaD de modo a aproximar o professor do estágio
atual desse novo desafio. Com certeza é um assunto para horas e horas de debate e
reflexões, dada a grandeza de sua ordem na concepção, nas políticas e na gestão da
educação a distância.
Como referência para uma reflexão simplificada dessas possibilidades, sugerem-se, a
seguir, duas visões para os currículos básico e avançado na EaD:


Artigo Completo
Essa é uma questão bastante polêmica tendo em vista as definições oficiais do
currículo desejável para o professor da EaD, em algumas iniciativas do MEC e de
Instituições de Ensino Superior no Brasil. Percebe-se que essas definições ou
contradições sobre o papel e o currículo do professor para se dedicar à docência
virtual parecem ser resultado da forma como a EaD chegou e se estabeleceu no país:
sem planejamento, a partir de concepções e práticas da educação presencial.
Esse quadro tem dificultado não só o desempenho da docência nesse sistema
educacional, mas, também, traz prejuízos ao desenvolvimento profissional do
professor que se dedica ou se candidata à docência na EaD.
Segundo alguns especialistas, é necessária a revisão urgente da concepção e
organização de currículo para a EaD, tendo em vista os contextos e sujeitos da
aprendizagem dos tempos modernos em que vivemos e dos quais somos partes ativas
e integrantes. Nesse sentido, a relevância da mediação tecnológica e as influências
dos mundos sociais, econômicos, políticos e culturais, onde vive o professor, são
peças - chave na reconstrução desses currículos. Acredita-se que considerar fatores,
como destreza tecnológica, capacidade cognitiva, competência para gerenciar
conflitos, visão sistêmica do processo ensino-aprendizagem a distância, visão
andragógica para a EaD, competência para mudar-se e fazer mudanças, capacidade
de incentivar e promover a interação e colaboração virtual, capacidade de perceber e
gerenciar a evasão podem ser um novo caminho para desenhar um novo currículo
para a EaD.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Série sobre EAD no Jornal Nacional com Profa. Beth Almeida

O Jornal Nacional realizou uma série de reportagens sobre educação a distância. Na primeira reportagem, a professora Beth Almeida foi entrevista sobre o histórico da EAD. Veja a reportagem aqui.